9 de jan. de 2013

Dilma trata de risco de apagão com ministério


BRASÍLIA, DF, 8 de janeiro (Folhapress) - No mesmo dia em que voltou das férias, a presidente Dilma Rousseff discutiu com representantes do Ministério de Minas e Energia o risco de racionamento de energia no país -que, por ora, é prontamente descartado por integrantes do governo.

Depois de apresentar à presidente um relatório sobre a situação do sistema elétrico, o secretário-executivo do ministério, Márcio Zimmerman, disse na noite de hoje que não faz sentido falar em risco de racionamento e que o sistema está preparado para atender à demanda.
"O sistema hoje está equilibrado, não existe perspectiva nenhuma de racionamento nesse horizonte que se trabalha, então não tem sentido [falar em racionamento]", disse o secretário, que se reuniu com a presidente no Palácio do Alvorada. "Temos geração suficiente para atender ao mercado."
Dilma estava em férias na Bahia e voltou à Brasília hoje, um dia antes da reunião com membros do setor elétrico.
Amanhã, o CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) se reúne e, a pedido da presidente, vai tratar do baixo nível dos reservatórios. O encontro será presidido pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que hoje conversou com Dilma e mandou Zimmermann ao Alvorada para tratar diretamente com a presidente.
A situação requer atenção na avaliação do governo porque os níveis dos reservatórios estão até 62% abaixo dos registrados no ano passado e a situação tem piorado por causa do intenso calor, sobretudo no Sudeste.
Além da falta de chuvas, o consumo de energia com ventiladores e ar-condicionado tem disparado devido às altas temperaturas, que chegam a 40º C em cidades como o Rio.
Dados da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica indicam que os reservatórios das hidrelétricas do Centro-Oeste e do Sudeste estão no mais baixo nível para o mês de janeiro desde 2001, ano em que o Brasil foi obrigado a racionar energia por conta dos riscos de apagão.
A capacidade armazenada nos lagos das usinas, atualmente, é de 28,9%.
"Hoje no Brasil temos equilíbrio estrutural. Não tem sentido [previsões de apagão], não existe, não tem essa hipótese", minimizou Zimmermann, dizendo que não tratou do assunto com Dilma.
Além de conversar com Lobão e se reunir com Zimmermann, Dilma também recebeu no Alvorada o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça).
Por Fernanda Odilla (Diário de Guarapuava)

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