15 de fev. de 2013

Emater propõe produção livre de agrotóxico


O Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Rural (Emater) divulgou ações para a produção de alimentos livres de agrotóxicos. Para chegar ao conceito, a entidade destacou alguns cuidados, como a utilização de esterco bovino de animais que pastem em áreas sem agrotóxicos; tratá-los com método da homeopatia e alimentação equilibrada, principalmente à base de pasto; e a utilização da estufa com bambu, uma bioconstrução, cujo custo é bastante inferior ao de uma estrutura metálica.


Diversificando
Cultivar diferentes espécies e variedades de plantas em um mesmo local acarreta em benefícios de nível ambiental e econômico. Sob a premissa do primeiro termo, destaca-se a interação. Plantação e solo atuam em uma relação de dependência e permitem a reposição de nutrientes. Em sistemas naturais há muito mais colaboração que competição entre elas, ao contrário dos solos e de ambientes desequilibrados, onde as plantas variadas costumam competir entre si. Além disso, a agrobiodiversidade diminui a possibilidade de insetos virarem pragas.
Sobre a premissa econômica, vale ressaltar que a partir de um investimento em mais de um produto, um possível impacto financeiro, por conta de safra ruim, não será tão significativo.

Saúde x custo do alimento
Atualmente, a população encara o consumo de produtos naturais e industrializados sob divergências. Muitas pessoas resistem aos naturais por conta do custo mais elevado. Isso deve-se a alguns fatores, como a relação entre oferta e procura, sendo a primeira menor que a segunda, e a dificuldade em produzir em escala comercial, causado por problemas rurais e sociais.
 Algumas políticas públicas incentivam o plantio de orgânicos, como é o caso da inclusão deles na merenda escolar das escolas estaduais e municipais. Por meio de programas do governo, os produtos naturais cultivados pelo agricultor familiar são fornecidos às escolas, o que resulta em uma alimentação mais saudável aos alunos.

Show Rural
Durante o evento que ocorreu em Cascavel foram anunciadas outras formas de produção sem a utilização de agrotóxicos. Citaram a horta mandala, com canteiros circulares, que permite o aproveitamento máximo da água e da terra, onde há hortaliças e plantas medicinais; o trato de novilhas da raça de gado leiteiro Jersey, em um piquete com pasto semi sombreado, que, segundo os representantes do Instituto, atuam em prol do conforto e bem estar animal, sendo uma condução das criações em bases ecológicas.
Por fim, foi frisado que no início da transição agroecológica, as lavouras orgânicas geralmente não alcançam a mesma produtividade das convencionais, mas sua qualidade se sobrepõe a esse fator. O tempo de transição da propriedade, do modo convencional para o orgânico, é determinante nesta questão. Depois de um certo período, com planejamento e utilização das tecnologias necessárias, é possível chegar ao equilíbrio do solo - para isso, o aumento da matéria orgânica e do húmus é fundamental - e, desta forma, a produtividade das lavouras orgânicas pode se igualar e até superar a das convencionais.
Estas ações são pensadas pela Emater junto à Cooperativa de Trabalho e Assistência Técnica do Paraná (BIOLABORE), Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor  (Capa), Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e Itaipu Binacional.

http://www.jcorreiodopovo.com.br/exibenoticia.php?id=emater-propoe-producao-livre-de-agrotoxico

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