7 de ago. de 2012

Morreu hoje em Pitanga: professor Miguel Parolo mestre na arte de ensinar


O Professor passou mal por volta das 13:00, ele estava a trabalho quando colidiu na trazeira de um veiculo.
O Corpo de Bombeiros foi chamado para conduzido ao hospital, mais o professor não resistiu.



Miguel Carlos Parolo, que lecionava Português, ficou marcado na memória de dezenas de alunos de Pitanga, onde, atualmente, trabalha no Núcleo Regional de Educação.
Ele nasceu, em 1940, na cidade de Santa Cruz das Palmeiras, Estado de São Paulo, e sempre se dedicou à Língua Portuguesa e ao Latim.
Filho de Albino Parolo e Albina Vicentin Parolo, o professor trabalhou, desde cedo, com o pai na olaria da família.

Mais tarde, ingressou em um seminário, em Botucatu, onde fez o ensino fundamental e o 2º grau. Durante três anos, cursou Filosofia Pura, no Seminário Central, em Aparecida do Norte/SP, e um ano e meio de Teologia.
“Na época, as matérias eram lecionadas em Latim e os exames eram orais e pronunciados em Latim”, conta o pioneiro.

Em 1964, Parolo teve que abandonar o seminário para ajudar a família e, em 1965, começou a lecionar. Em 1967, ingressou no Curso de Letras, em Bauru/SP, se formou, em 1970, quando continuou a lecionar, em São Manoel/SP, até o inicio de 1972.

Nessa altura, mudou-se para Maringá. Três anos mais tarde, mudou-se para Pitanga, onde começou a lecionar no Colégio Dom Pedro I, tendo se aposentado em 1996. “Comecei a trabalhar, em 1972, em Pitanga. Casei em 1974 e, em 1975, comecei a lecionar no Colégio Dom Pedro I, onde fui diretor em 86 e 87”, relata o professor.
Em 1989/90, Miguel Parolo foi inspetor de ensino e procurou ampliar algumas escolas e colégios. Ele criou várias escolas, como, por exemplo, Padre Vítor C. de Almeida, Escola Estadual Rio do Meio, Colégio José de Anchieta de Santa Maria do Oeste e Ceebja (Centro Estadual de Educação Básica de Jovens e Adultos), entre outros.

“Sempre procurei ampliar e oportunizar a educação com consciência da necessidade de escolarização para o povo de Pitanga.
Atualmente, posso dizer que há uma preocupação enorme por parte do Governo Estadual e Federal. Inclusive, a Escola Técnica do Brasil, cujo terreno está praticamente ampliado no fundo da Casa São José, deverá ficar pronta no final do ano.
Portanto, nota-se que a educação, em Pitanga, está em evolução e só não estuda quem não quer”, defende o pioneiro.

Parolo comenta que, quando cursou seminário, a educação era regida pela Lei 4.024, que se chamava educação européia. “Na época, estudava-se Latim, Grego, Inglês e Francês, e logicamente as demais matérias, como, por exemplo, Português e Matemática. Por isso, era chamada de formação humanística. As provas não eram elaboradas com perguntas e sim com pontos demarcados pelos professores”, explica.
Segundo o professor, a educação aplicada antigamente e atualmente tem pontos positivos e negativos. “O importante é fazer com que o aluno aprenda em sala de aula e no cotidiano. Para tanto, o aluno deve ser orientado minuciosamente em cada disciplina lecionada.

Quando o aluno descobre ser capaz de executar o que aprende, torna-se mais fácil o cotidiano”, comenta.

Miguel Parolo afirma sentir-se “lisonjeado em colaborar com a história da educação de Pitanga” e aconselha aos colegas de profissão “a continuar a missão, que é tirar pessoas do analfabetismo”.

Para ele, “um bom professor é sempre reconhecido, por isso, nunca é esquecido”.

                                      Texto extraido do Jornal Paraná Centro
                                                       Edição:  29/01/2010

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