12 de dez. de 2012

Safra de verão tem mais áreas dedicadas à soja

Enquanto a área para milho caiu 8%, a oleaginosa subiu 7% com relação à safra passada. A safra na região estava 99% plantada durante a última semana


A região teve aumento de 7% na área plantada de soja, segundo dados do Departamento de Economia Rural da Seab (Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento). A safra 2012/2013 estava 99% plantada na última terça-feira, 4, e estima-se que a produtividade será 20% maior que a colheita anterior.

A alta dos preços pagos pela saca de soja e o custo de produção baixo (se comparado a outras culturas) se apresentam como principais fatores determinantes desta safra.

Na safra passada, a região cultivou 207 mil hectares da oleaginosa. E atualmente essa área cresceu para 221,3 mil hectares. A produtividade média, que foi de 2.900 kg por hectare, também deve ter aumento. O Deral estima que serão produzidos 3.250 kg por hectare, totalizando uma produção regional de 720 mil toneladas.

“Uma estiagem que atingiu as lavouras norte-americanas fez com que as produções caíssem por lá, o que resultou no aumento do preço internacional das culturas de verão”, explica Botelho.

A lavoura de soja avançou sobre a área de produção de principalmente três culturas: da de milho, devido ao custo de produção, uma vez que a lavoura de milho tem o custo maior que a de soja; a de feijão, por esta ter um mercado muito volátil e não atraente aos produtores; e ainda sobre as pastagens, onde as consideradas áreas nobres vêm sendo exploradas para a agricultura, informou presidente da entidade rural.

Observando as perspectivas mundiais, a rentabilidade dessas culturas tende a ser satisfatória. Entretanto, Botelho alerta que o produtor deve atentar para o rodízio de culturas. “Sabemos que a lavoura de soja plantada depois de uma de milho, vem melhor. Ainda mais que a rotação permite um controle de sanidade melhor”.
Com relação ao custo de produção, ao mesmo tempo em que os preços de venda estão animadores, os fertilizantes subiram de 30% a 40%. Portanto, para esta safra, plantar deve sair mais caro.
Falta de chuvas
Na safra de verão do ano passado o agricultor já sofreu com uma estiagem que atingiu a região no mês de janeiro. A falta de chuvas que se apresenta desde novembro até agora, já preocupa os produtores. Apesar da região sempre apresentar uma distribuição de chuvas regular, o mês de novembro e já o início de dezembro se mostram meses atípicos para a agricultura.

Segundo o engenheiro agrônomo da Coamo Wilson Jualini, as chuvas estão ocorrendo, mas não atingem a região como um todo. “Às vezes, vizinhos de propriedades apresentam situações diferentes”.

Como os plantios iniciaram em setembro, o período, dependendo do ciclo de cada cultura, é crítico e pode afetar nos resultados da colheita. O milho, por estar em um estágio mais avançado é a lavoura que mais apresenta prejuízos; a Soja por ser mais rústica, consegue se desenvolver, porém pode haver queda na produção se a precipitação não se normalizar. (diário de guarapuava)

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