O consórcio formado pela empresa fluminense Petra (30%), pelas paranaenses Tucumann (10%), Copel (30%) e Bayar (30%) arrematou por de R$10,8 milhões, o bloco T-300 da 12º rodada de licitação de petróleo e gás da ANP (Agência Nacional de Petróleo).
Com ágio de 2.229% o bloco foi o terceiro maior lance dentre os 72 arrematados em território nacional e sozinho representou quase 50% do valor arrecadado pela ANP com os 14 blocos ofertados no Paraná.
O interesse foi impulsionado pela possibilidade de existência de uma grande bacia de gás natural, já que dentro do bloco está localizada a reserva de Barra Bonita, cuja exploração não está inclusa na licitação. A previsão é que os investimentos no Paraná para a busca e exploração de gás girem em torno de R$ 174 milhões nos próximos quatro anos. O valor, o mais alto dentre os Estados que tiveram áreas adquiridas na 12ª rodada de licitações, equivale a 35% do previsto para o país. Em declaração ao jornal Gazeta do Povo, o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer, disse que a ideia no bloco T-300 é perfurar poços mais profundos na tentativa de localizar reservas maiores de gás.
O bloco tem uma área a ser explorada de 3.975 km² e abrange vários municípios da região, entre eles Pitanga, Mato Rico e Roncador. O investimento previsto pelo consórcio apenas neste bloco é de R$ 60,4 milhões.
Outro bloco ofertado no leilão e que abrange municípios da região é o bloco T-309, que também foi arrematado pelo mesmo consórcio. Como não existe a certeza da existência do gás natural, o valor pago foi de R$ 680 mil com ágio de 46,6%.
O prefeito de Pitanga, Altair José Zampier, disse que ainda é muito cedo para comentar algo sobre o leilão, porque é importante saber qual será a intenção das empresas e como serão realizados os investimentos. No entanto, ele disse que ficou muito feliz em saber sobre a valorização da área que está incluído o município de Pitanga e acredita que pode atrair investimentos para a região.
Regra para exploração
As regras para a exploração de gás natural não convencional por meio de faturamento hidráulico, chamado de fracking, devem ser publicadas no 1º trimestre de 2014.
Diferentemente do gás convencional, que fica armazenado em rochas porosas, o combustível não convencional está preso dentro das rochas geradoras – “folhelhos –”, que são pouco permeáveis. Para extraí-lo é preciso quebrar pedras, o que exige a injeção de mais água, e sob pressão mais forte, que no método tradicional de produção.
As vencedoras da 12ª rodada serão obrigadas a perfurar pelo menos um poço que chegue até as rochas geradoras. O objetivo da ANP é coletar informações para mapear o potencial brasileiro de gás não convencional, conhecido como “gás de xisto”. Uma vez detectado esse tipo de gás, a decisão de extraí-lo ou não é da concessionária.
http://www.paranacentro.com.br/site/noticia.php?idNoticia=12006
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